Teoria da Contingência Estrutural: uma base para estudos

A Teoria da Contingência surgiu por volta dos anos 60, sobretudo a partir dos trabalhos de Burns e Stalker (1961), em uma época caracterizada por uma crescente complexidade no ambiente técnico, que demandava sistemas mais eficazes de controle e respostas as problemáticas ligadas às estruturas organizacionais. Além disso, a Teoria Contingêncial incorpora premissas básicas da Teoria de Sistemas no que se refere aos aspectos de interdependência e natureza orgânica das organizações, bem como a consideração das organizações como sistemas abertos e adaptativos que interagem dinamicamente com o ambiente.

Apenas com a Teoria Contingencial, conforme Chiavenatto (1993, p. 547- 548), “é que ocorre o deslocamento da visualização de dentro para fora da organização: a ênfase é colocada no ambiente e nas demandas ambientais sobre a dinâmica organizacional, ou seja, são as características ambientais que condicionam as características organizacionais”.

A Teoria Contingencial propõe uma interação com o meio ambiente, onde esse é formado por variáveis independentes, e a organização, formada por variáveis dependentes. As condições do ambiente externo à empresa e as práticas e técnicas administrativas têm uma relação funcional diretamente ligada aos objetivos organizacionais. Essa relação entre eles se dá a partir de adequações na estrutura da organização a partir de mudanças nas variáveis independentes.

Ao contrário das teorias classicas, muito usadas até o fim dos anos 50, e devido a singularidade das estruturas organizacionais e às inúmeras variáveis ambientais, considera-se que não há "uma" melhor forma de gerir uma empresa. Evidensia-se nessa abordagem, uma interação e complementação entre diversas teorias administrativas e a não aceitação de apenas uma como absoluta. E claro, todas as tomadas de decisão para diferentes situações específicas que as organizações enfrentam respaldadas por pesquisas.

O objetivo da Teoria da Contingência é, portanto, compreender como a organização se relaciona com o ambiente, mostrando a existência de uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance dos objetivos da organização. Essa teoria tem um aspecto pró-ativo, pois considera relevante a constante identificação das condições ambientais e das práticas administrativas para que estejam sempre em sintonia. Texto retirado do artigo Inter-Relações Entre as Abordagens de Markeying e das Teorias da Contingência Estrutural

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1 comentários:

Héber Sales disse...

Muito bom. Gostei da referência.